Sindicalistas cobram redução da taxa de juros em frente ao BC na Paulista

As centrais sindicais (Força Sindical, CUT, UGT, CTB, Nova Central) realizaram na manhã desta terça-feira (14) uma manifestação, em frente a sede do Banco Central, em São Paulo, para cobrar a redução da taxa básica de juros (Taxa Selic).
Os sindicalistas levaram ao ato dois carrinhos de pipoca para distribuir aos populares que passaram na região durante o ato como forma de protesto diante de um governo, que segundo as lideranças sindicais, está “pipocando” em buscar soluções aos problemas da economia: juros altos, desemprego, fome, carestia, inflação, preço da gasolina e do diesel. Participaram sindicatos de diversas categorias: bancários, borracheiros, costureiras, comerciários, metalúrgicos, químicos, servidores públicos.
“Mais de 33 milhões de pessoas estão passando fome hoje no Brasil”, “metade das mulheres não sabe o que vai dar para o filho comer amanhã” e “o Brasil produz muitos alimentos e o povo passa fome”, foram fatos citados pelas lideranças na Avenida Paulista.
O ato foi realizado justamente no dia em que os membros do Copom (Comitê de Política Econômica) começaram a discutir sobre o aumento na taxa de juros. Vale lembrar que a taxa básica de juros, a Selic, teve 10 aumentos consecutivos e saiu de 2% (em março de 2021) para 12,75% ao ano, maior nível desde 2017.
As lideranças sindicais foram unanimes ao apontarem que o único caminho para que o Brasil saia da crise e retome o rumo do desenvolvimento, da geração de emprego e, principalmente, tenha políticas que garantam aos brasileiros condições dignas para viver é derrotando nas urnas o atual governo.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical ressalta que o Brasil está atravessando, principalmente devido ao descaso do governo federal, um momento muito difícil economicamente e socialmente e que os juros altos castigam ainda muito mais a classe trabalhadora. “É importante realizarmos atos em todas as regiões, pois precisamos alertar a sociedade sobre a perversa situação que o Brasil atravessa, principalmente os menos favorecidos economicamente”, afirma o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, destacou que o movimento sindical quis, com este ato, chamar a atenção da sociedade, do governo e dos empresários que quando aumenta o juros básico, aumenta os preços, diminuindo o consumo da população e consequentemente gerando mais desemprego em nosso país.
“Nossa manifestação é clara, somos contra a política econômica do governo que ai está. Nosso ato, unitário, quer reforçar que é importante estarmos nas ruas para manifestar nossa insatisfação. Devemos dar nossa resposta nas urnas e eleger um governo que se importe com a nossa causa e com o nosso povo”, defendeu Juruna que reforçou: “Em outubro podemos modificar essa política, eleger alguém comprometido com a causa e hoje, sem dúvida, quem pode é Lula”, disse o sindicalista.